A fé move montanhas. A religião move imbecis.

No domingo 13 de abril, o padre Adelir de Carli decolou de Paranaguá, litoral do Paraná. Decolou preso à 500 balões cheios de hélio. Gênio? Dificilmente. Descobriu-se que o padre fora expulso de um curso de aviação 3 anos atrás. Ainda no domingo, já de noite, o padre usou seu telefone via satélite para entrar em contato com as autoridades em terra. Motivo? O padre estava perdido. Seu plano de vôo original era sair de Paranaguá e ir em direção ao interior do estado do Paraná. Talvez as orações do padre não tenham sido fortes o suficiente. No domingo o tempo estava ruim, com uma frente fria, havia chovido granizo. O padre foi parar no litoral de Santa Catarina. Por telefone perguntou se alguém poderia ensiná-lo a usar o GPS (Global Position System) para poder informar as autoridades sua localização para um possível resgate. Imbecil? Sem dúvida. Depois desse último contato não houve mais respostas por parte do padre. As buscas começaram e na terça-feira, no litoral de Santa Catarina, encontraram um aglomerado de balões boiando no mar, mas nada do padre. Ascendeu aos céus em carne, como Maria? Improvável. Mas os crentes de sua paróquia não perderam a fé. Denise, coordenadora da Paróquia, disse que isso não passa de um teste de fé. "Estamos sendo testados, todos nós somos. Vamos conseguir superar isso e ele, com a graça de Deus, voltará para nós". Imbecil? Pode apostar.