Back home...

Sempre gostei de móveis. Mas na minha família sempre houveram poucas mudanças de móveis. Claro, muito do que temos é de boa qualidade, então preservamos. Mas por muito tempo sempre quis remodelar a sala de casa. Sempre a achei muito vazia e com móveis que não combinavam. Aliás, os móveis eram os mesmos que um dia mobiliaram um apartamento na rua Bela Cintra, minha antiga residência. Eram dois sofás Lafer em couro, bonitos no apartamento, mas numa casa da década de 60 não dava samba. Os sofás aguentaram bem 14 anos, mas no ano passado eles pediram arrego. Um ainda está conosco porque o Argos gosta de dormir nele. Chique é outra coisa, eh? Um cachorro que dorme num Lafer de couro legítimo! Nenhum cachorro de nenhuma perua dondoca tem cama mais chique que o meu. Mas bem, no final de 2007 resolvemos reformar a casa e comprar novos sofás para a sala. Foi minha oportunidade. Fui com minha mãe ver sofás em vários lugares mas nada agradava. E aí fomos na Novo Rumo. Coisa de louco, aquilo. Se eu fosse milionário, mobiliava a casa inteira com móveis deles. Lá não é difícil achar um sofá bonito, é difícil escolher entre tantos sofás bonitos e confortáveis. Um mais lindo que o outro. Por fim ficamos com dois sofás Confort em couro. Um preto e outro vermelho. Ambos feitos sob medida para nossa sala. Coisa de louco. Os sofás chegaram hoje. Além dos sofás, na sala ainda temos duas mesas, uma de centro e outra de canto, com tampo de mármore e estrutura cromada, que foram compradas pelo meu pai em Brasília - quando ele morava lá - na década de 60. Além das duas mesas, temos duas Bertoias que também vieram de Brasília. A mesa de jantar é com tampo de vidro e oito cadeiras de vime e estrutura de ferro. A cristaleira é da minha vó, comprada na década de 40, intacta.

Enquanto os sofás eram feitos, eu tive que voltar à Novo Rumo para trocar o tecido - originalmente eles seriam de tecido, mas como o tecido que havíamos escolhido acabara, voltei lá para escolher outro e aí acabei escolhendo o couro, vermelho e preto. Enquanto estava lá, vi uma belíssima poltrona chamada Bibendum, criada por Eileen Gray na década de 20. Foi amor à primeira vista. Fiquei namorando aquela poltrona por um tempo, era a única da loja e estava com um desconto inacreditável. Na época eu estava economizando uma grana para comprar uma TV LCD, mas preferi a poltrona. Além da poltrona, também adquiri uma mesa de canto do Philippe Starck. As duas peças vieram mobiliar meu quarto recém reformado, com novo chão e pintura nova numa parede.
Enfim a casa está se parecendo com uma casa.