- Nossa! Amanda, quanto tempo!
- Eugênio? É você mesmo?
- Em carne, osso, e gordura localizada!
- Haha! Continua o mesmo.
- Quanto tempo. Não nos víamos desde...
- ...quando terminamos...
- Isso...
- Pois é...
- Você ainda mora lá no fim do mundo?
- Não, seu bobo. Me mudei pra cá faz pouco tempo.
- Poxa, somos vizinhos agora, então.
- Pois é...
- Sabe, sempre penso em você. Você foi a garota que mexeu comigo. De verdade.
- É... mas você lembra o que você fez.
- Lembro. Bem que gostaria de esquecer, e que você esquecesse...
- Difícil, né?
- Sou um completo idiota, mesmo...
- ...
- ...perdi a provável mulher da minha vida...
- Olha, pense que foi bom enquanto durou...
- É. Foi. Mas e aí, o que anda fazendo? Se bem me lembro, depois que terminamos você voltou com aquele seu ex...
- É. O Caio...
- Isso! Tinha me esquecido do nome dele... Caio Pinto.
- Pois é. Nos casamos.
- MENTIRA!
- Verdade.
- Mas você disse que ele era um canalha...
- Ah, isso é passado...
- O cara bateu em você!
- Eu sei, Eugênio, eu me lembro muito bem.
- E você casou com ele? Por que?
- Eu o amo, que posso fazer?
- É bom você guardar na discagem rápida do seu celular o número da delegacia da mulher...
- Seu grosso. Ele nunca mais bateu em mim...
- Precisava te bater mais pra te convencer da estupidez?
- Bem... na verdade teve uma outra vez...
- Outra? O cara bateu em você de novo? Você é louca, Amanda?
- Mas eu amo ele, Eugênio! Com amor você aguenta tudo!
- ...até o dia que ele te colocar no hospital, com alguma costela quebrada.
- Pára Eugênio!
- Eu? Você que casou com ele...
- Mas não precisa ser estúpido, né?
- Eu que sou? Ou ele?
- Essa conversa me fez lembrar porquê terminamos...
- Vai ver eu devia ter dado umas porradas em você... Tapa de amor não dói, né?
- Tchau Eugênio, seu grosso!
- Tá bom, eu paro. É que eu não entendo...
- Não entende o quê?
- Por quê diabos você se casou com esse filho da puta...
- Eu amo ele, Eugênio.
- Eu te amava, Amanda. Te amei como nunca amei ninguém...
- Mas é diferente...
- O quê? Você prefere violência do que sarcasmo e desinteresse?
- Não preciso te explicar nada...
- Ele demonstra interesse, não? Se importa tanto que até bate em você pra não esquecer...
- Você quer me deixar triste, é isso?
- Não, Amanda. Mais do que já estou, prefiro que você fique feliz...
- Não é o que parece...
- Olha, foi bom te ver...
- Também foi bom te ver. Me dá seu telefone, pra gente botar a conversa em dia!
- Olha, Amanda, não me procure... Você fez sua escolha e, pra mim, você fez a escolha errada, mas eu não tenho mais voz com você, minha opinião não vale muito mais. Se você acha bom ficar com esse calhorda, então prefiro não estar presente na sua vida e ver sua auto-destruição...
- Tudo bem...
- Tchau.
Virou as costas e foi embora, pensando que enfim livrara-se de um peso, embora gostaria de poder abrir os olhos de Amanda. Lembrou-se de uma frase que lera em algum lugar que não se lembra, todo apaixonado é um idiota. E aí lembrou daquelas três palavras vazias. As três palavras vazias que faz todos cometerem idiotices...
- Somos todos idiotas, mesmo.
- Eugênio? É você mesmo?
- Em carne, osso, e gordura localizada!
- Haha! Continua o mesmo.
- Quanto tempo. Não nos víamos desde...
- ...quando terminamos...
- Isso...
- Pois é...
- Você ainda mora lá no fim do mundo?
- Não, seu bobo. Me mudei pra cá faz pouco tempo.
- Poxa, somos vizinhos agora, então.
- Pois é...
- Sabe, sempre penso em você. Você foi a garota que mexeu comigo. De verdade.
- É... mas você lembra o que você fez.
- Lembro. Bem que gostaria de esquecer, e que você esquecesse...
- Difícil, né?
- Sou um completo idiota, mesmo...
- ...
- ...perdi a provável mulher da minha vida...
- Olha, pense que foi bom enquanto durou...
- É. Foi. Mas e aí, o que anda fazendo? Se bem me lembro, depois que terminamos você voltou com aquele seu ex...
- É. O Caio...
- Isso! Tinha me esquecido do nome dele... Caio Pinto.
- Pois é. Nos casamos.
- MENTIRA!
- Verdade.
- Mas você disse que ele era um canalha...
- Ah, isso é passado...
- O cara bateu em você!
- Eu sei, Eugênio, eu me lembro muito bem.
- E você casou com ele? Por que?
- Eu o amo, que posso fazer?
- É bom você guardar na discagem rápida do seu celular o número da delegacia da mulher...
- Seu grosso. Ele nunca mais bateu em mim...
- Precisava te bater mais pra te convencer da estupidez?
- Bem... na verdade teve uma outra vez...
- Outra? O cara bateu em você de novo? Você é louca, Amanda?
- Mas eu amo ele, Eugênio! Com amor você aguenta tudo!
- ...até o dia que ele te colocar no hospital, com alguma costela quebrada.
- Pára Eugênio!
- Eu? Você que casou com ele...
- Mas não precisa ser estúpido, né?
- Eu que sou? Ou ele?
- Essa conversa me fez lembrar porquê terminamos...
- Vai ver eu devia ter dado umas porradas em você... Tapa de amor não dói, né?
- Tchau Eugênio, seu grosso!
- Tá bom, eu paro. É que eu não entendo...
- Não entende o quê?
- Por quê diabos você se casou com esse filho da puta...
- Eu amo ele, Eugênio.
- Eu te amava, Amanda. Te amei como nunca amei ninguém...
- Mas é diferente...
- O quê? Você prefere violência do que sarcasmo e desinteresse?
- Não preciso te explicar nada...
- Ele demonstra interesse, não? Se importa tanto que até bate em você pra não esquecer...
- Você quer me deixar triste, é isso?
- Não, Amanda. Mais do que já estou, prefiro que você fique feliz...
- Não é o que parece...
- Olha, foi bom te ver...
- Também foi bom te ver. Me dá seu telefone, pra gente botar a conversa em dia!
- Olha, Amanda, não me procure... Você fez sua escolha e, pra mim, você fez a escolha errada, mas eu não tenho mais voz com você, minha opinião não vale muito mais. Se você acha bom ficar com esse calhorda, então prefiro não estar presente na sua vida e ver sua auto-destruição...
- Tudo bem...
- Tchau.
Virou as costas e foi embora, pensando que enfim livrara-se de um peso, embora gostaria de poder abrir os olhos de Amanda. Lembrou-se de uma frase que lera em algum lugar que não se lembra, todo apaixonado é um idiota. E aí lembrou daquelas três palavras vazias. As três palavras vazias que faz todos cometerem idiotices...
- Somos todos idiotas, mesmo.
Um comentário:
Love's a nature trap.
Eu escrevi isso na sétima série.
Era pra fazer uma redação sobre o amor.
Achei q seria interessante diferir do restante da sala e escrevi que a natureza criou o amor apenas pra que as espécies tivessem um bom motivo para continuar existindo.
"Procriar e perpetuar a espécie..."
Acho que amor e razão não são coisas que combinam.
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