domingo, 8 de julho de 2007

Nano existência

Eu não sinto nada.
Quase nada.
Faz frio aqui.
Mas às vezes sinto calor.
Eu nunca sei nada.
Você não imagina o quão horrível isso é.
É essa eterna dúvida maldita
Que nunca cala a boca na minha mente.
Não sei o que fazer.
Nunca soube.
Não traço metas.
Não vejo nada a um palmo de distância.
É horrível.
Não tenho planos.
Também não sou expontâneo.
Muito menos criativo.
Um completo tapado.
Ignóbil ser grotesco.
É patético.
Não bato.
Nem levo soco.
Não procuro.
Nem sou achado.
É assim...
Miserável.

Meus acordes nada dizem
Minhas letras nada passam
Minhas idéias nada abalam
Meus feitos nada mudam

E meus acordes...
Minhas letras...
Minhas idéias...
Meus feitos...

São o que me movem
O que me fazem continuar...
...ser irrelevante.

Um completo nada.

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