
Isso está escrito no site da Amesp, empresa de seguro saúde na qual eu sou associado. Tenho o plano P.M.E. Pégasus (Pequena/Média Empresa), que é o plano top dos fornecidos para Pequenas Empresas.
No final do ano passado eu tive um problema de saúde que já tive a infelicidade de ter mais de uma vez, uma intoxicação alimentar. Coincidentemente, todas as vezes que tive intoxicação alimentar foi no final do ano. Em 2004 foi perto do ano novo, em 2006 foi no ano novo e em 2007 alguns dias antes do natal.
Depois de passar 2 dias mal, com febre e diarréia, fui para o hospital Itatiaia o qual o seguro Amesp cobre, fiz uma consulta e tirei sangue. O resultado do exame de sangue acusou uma anomalia na contagem de leucócitos e precisava fazer mais exames para descartar a possibilidade de uma apendicite. Como o hospital Itatiaia não possui aparelhagem para isso, fui por conta própria ao hospital Santa Catarina, o qual o meu seguro também cobre. Lá fui medicado e mantido em observação. O médico abriu um pedido de tomografia e tive que tomar litros de água pra fazer o exame. Fiz o exame, não encontraram nada, o médico prescreveu um antibiótico e me mandou para casa. Fim do pesadelo? Em parte, sim. Poucos dias depois eu estava livre da colite.
Mas algumas semanas depois a Amesp ligou alegando que o médico pediu um exame "desnecessário" e que, portanto, o seguro não iria cobrir. Quando o médico pede um exame, o pedido é enviado para a seguradora que avalia se o pedido está de acordo com os princípios humanitários da seguradora, se estiver, eles autorizam (é por causa dessa burocracia que eu fiquei no hospital das 5 da manhã até às 16:00 para fazer uma tomografia). Eles autorizaram, mas depois voltaram atrás e questionaram o pedido. O médico não respondeu e prosseguiu com o exame. Agora eu até poderia pensar que o médico foi um canalha em não responder, mas nesse caso eu fico do lado do médico. A Amesp alegou que não era necessário uma tomografia, um ultra-som de abdômen poderia dar o diagnóstico que o médico queria. Agora, não sei se o médico pensou dessa maneira, mas eu penso: se tenho um aparelho bom para diagnosticar coisas e tenho também um aparelho melhor ainda, eu optaria por usar o aparelho melhor. E foi o que o médico fez. Um exame de tomografia é muito mais preciso do que um ultra-som. O médico, de maneira alguma queria dar um diagnóstico errado e fez o melhor possível para isso. Agora, não sei quais são esses "princípios humanitários" e qual é essa "moderna tecnologia" da Amesp, mas sei que ao menos o médico fez o melhor que ele pôde com a melhor tecnologia que ele tinha ao seu alcance para obter o correto diagnóstico.
Ah, no fim eu tive que pagar pela tomografia. Mais de dois mil reais. A Amesp foi comprada pelo grupo Medial Saúde em 2007 pela bagatela de R$253 milhões. O grupo Medial lucrou, em 2007, R$73.5 milhões. Mas os princípios humanitários deles impedem que gastem 2 mil reais com um cliente.
2 comentários:
Se eu começar a escrever tudo que o hospital Osvaldo Cruz ja aprontou das inumeras internações da minha vó, rende um livro! e olha q ela não tem plano de seguro e tudo é na lata mesmo!
pelo menos posso fala uma coisa!
Bem-vindo a Medial co-assosiado!
So they treat you like a dog. Temos que reclamar, botar fogo em colchões. É sempre a mesma merda. Eu era da SulAmérica Saúde, num plano tenso, pago obviamente pelo meu pai. Coisa do tipo Cartão Diamante ou seja lá o que for. Depois de folhear alguns documentos, certo dia, minha mãe chegou na conclusão de que o seguro saúde não pagava 40% do que se gastava com saúde na casa. Quer dizer, entre muitas outras coisas, meu irmão que teve disfunção hormonal, desde que nasceu, não teve o tratamento pago pelo convênio, já que ter taxa hormonal estabilizada não é necessário, segundo o convênio. Eu que sempre tive problemas respiratórios e alérgicos não tive, por muitas vezes, atendimentos de emergência e injeções de stamina pagas pelo convenio, mesmo que dizem que se eu não tomar na hora posso sufocar e morrer.
Depois dessa constatação, minha mãe resolveu mudar para outro convênio, Porto Seguro. Até agora, só precisei para o problema que tive nos ligamentos, e pagaram tudo sem reclamar. Quando for algo mais sério, gostaria que fosse do mesmo jeito.
P.S.: Não vá ao hospital São Camilo, se tiver problemas de locomoção. Não pode parar o carro no 'desembarque de pacientes' para 'desembarcar'. Tem-se que achar uma vaga numa das ruas da Pompéia e pular em um pé só até a sala de atendimento.
Postar um comentário